Toda essa ternura,
esse imenso mar lilás,
faz o coração
palpitar dentro do peito.
E a alma,
essa ingênua viajante de energia,
invade corpos a que quer pertencer,
provoca magia e prazer, encanta
e se perde no caminho de volta.
Ah, essa alma cigana!
Não sabe que essa mistura
de essências é perigosa.
Ela quer ser todas
as suas vidas em uma só,
numa esquizofrenia de existências.
Se perde em reencontros estelares
e muda de rua
pra evitar cruzamentos perigosos...
Ela baila com o universo
entre passos ensaiados
e improvisos saltados,
numa valsa sem fim.