De longe bem de perto
a gente pode ver
tudo mudar de cor.
É olhando sem tentar ver
que o cinza quebra
o preto no branco
e avermelha os tons
dourados do amanhecer.
Quando nasce a estrela lá fora,
o sol queima por dentro
e tons antes violetas violentos
enfim lavandam lilases
e florescem furtando cores
das jardineiras mais bem cuidadas.
Rosas... Gerânios...
Margaridas amarelas
treinando para serem girassóis...
A luz amarela, quente,
acolhedora abraça as almas
como a estrelas que reconhece nelas
e ali semeia o terreno para que
com as lágrimas de orvalho
em cada manhã,
todo entardecer seja a certeza
de que germinam cores
em uma nova paleta de flores
com as luzes radiantes
que só as almas plenas
de amor podem gerar.